Foi um jogo que aprendi com o Morales, a Rosa, a Angela,o Paulo, a Vanessa e o Rui, à saída do liceu, nos intervalos e também entre copos. Na época jogavamos com palavras,depois transformei-o em versao solitária de imagens e gestos. Nunca mais deixou de me fascinar, porque entendi a sua verdadeira funçao; aprender a escutar o que sinto, sem deixar que o racional e apreendido tomem a dianteira. Ouvir o meu inconsciente, o meu eu mais profundo.
Deixei-me ficar no chao da cozinha(nao, ainda nao há um banco de verdade) a coscuvilhar na ideia.
Porque é que é curta? Porque gostaria de poder voltar a essa cidade, mas ainda nao posso, ou nao quero: visitar livrarias com o meu pai agora que ele tem mais tempo; passear com a minha mae, descalça num parque qualquer de relva verde; ouvir música com o meu irmao; brincar com os meus sobrinhos; tomar café com a Mónica e a Teresa; abrir a minha alma à Ana; ir beber copos com o Morales;jantar com as minhas irmas...
A vida faz-se curta porque precisava de uma outra para viver em Lisboa, com aqueles que amo, que não me esquecem, ainda que eu já nao seja a mesma Rita.
Porque o tempo também passa por ai, não deixa a alma ilesa, transforma a dor, a vontade e a paciência, entre outras coisas.
Obrigada e até já.
A música, é a de sempre, a nossa, a de Lisboa, a da minha vida, cantada pelo Jorge Palma, que não tem a menor ideia que a escreveu para mim.
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