Hoje, 25 de Setembro, eu não estava em
Madrid, mas vi. Vi tudo e em directo.
Chorei. E não tenho vergonha. Chorei
de impotência e de raiva.
Pelas cargas policiais de gente que
ainda não deu conta de que também é povo.
Porque os filhos da puta que estavam
dentro do Congresso e que amanha continuam a ter trabalho, direito a
saúde em clínicas privadas, escola de elite para os filhos, e
todos os extras que muitos já nem nos lembramos quais são, negam
uma vida com dignidade a todo um povo.
Pela coragem de uma multidão imensa
que se atirou à polícia em defesa própria e que continuou a cantar
el pueblo unido jamas será vencido.
Chorei porque não estava em Madrid e
porque quero o meu futuro de volta.
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