Hoje não quero deixar
uma sugestão de um livro, seja ele em papel ou em formato digital.
Não é que não existam
vários bons livros sobre o 25 de Abril com Lisboa como cenário e
que obedeceriam ao critério de selecção de livros do nosso site;
obras contemporâneas em que as cidades e lugares nos fornecem
ferramentas para ampliar o imaginário.
Mas hoje, 25 de Abril,
queremos deixar não um livro mas sim uma ideia, uma daquelas que
está viva e a espernear.
O 25 de Abril foi há 38
anos e a ES.COL.A da Fontinha não prova que a revolução está
viva, prova que pode nascer outra vez, que é mais importante porque
é mais real. A memória histórica é fundamental, mas o presente
é-o em duplicado e não só porque está a acontecer agora como
também porque tem a responsabilidade de ser a futura memória
histórica.
A Educação e a literatura se não são
unha e carne pelo menos deveriam tentar sê-lo e como há muitas
formas de educar podemos abrir as portas aos projectos novos, feitos
por gente que acredita que estar vivo implica ter uma função na
vida e que ainda por cima o fazem com humor, motivação e frescura.
Também já está na hora de deixar de
pensar que a okupação está obrigatoriamente ligada a drogas e a
“quem não quer fazer nada” e que fumar marijuana (gente maior e
vacinada entenda-se) é sinónimo de não projectar, realizar, inovar
e analisar.
Se por um lado estão as ideias
pré-concebidas com cheiro a bolor e a ranço, por outro estão os
interesses económicos de quem se dedica à especulação do solo e à
defesa de valores tradicionalmente conhecidos por só privilegiarem a
meia-dúzia de sempre. Mas no meio, ali mesmo no centro, estão as ideias, como a ideia da ES.COL.A Que está viva e oxalá continue a
espernear.
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