domingo, 26 de julio de 2009

Forças


A chuva.
Viver.
Lavar a dor.



A lua.
Ver com outros olhos.
A magia.


O sol.
Pensa na luz. Na vida que se desenvolve.


As árvores.
Almas estáticas.
Pensa em como respiras.


Os bichos.
O olhar.
Comunicar em silêncio.


A terra.
O cheiro, a textura e a cor.
Alimentar.
Mistério.


As rochas.
Peso poroso.
Sustentam tudo aquilo que se pisa.


As paisagens.
Imensidao que provoca humildade.


As pessoas.
Transformar.
Actuar: a música; a pintura; a escrita; a escultura; as imagens; o movimento; o cinema; o desenho; a luta; os mecanismos; o humor; a gastronomia; as infra-estruturas; a linguagem gestual; a arquitectura; o conforto; os espaços verdes; a poesia...(...)


Tanta força criadora desperdiçada a converter o planeta em medo, e lixo...


jueves, 23 de julio de 2009

Ciegos


Empiezo a creer, que la maldad, no existe.
Existe ceguera e ignorancia.
Nuestras heridas nos impiden vislumbrar las heridas del otro.
Y, supongo, que la ausencia y desconocimiento de algunas emociones, provocan, la misma ceguera. Aunque esta, ya esté tocando la raya de los sicópatas.
Pinochet, Hitler, Franco, Mussolini, y muchos, muchos otros, poseían ausencia de remordimiento y conciencia de bien y mal.
O sea, sicópatas.
Lo común en los mortales, es el no entender al otro.
Y no solo porque nadie se da a conocer por completo. También porque el punto débil de cada individuo, y la forma como lo ha trabajado, tiene distintos colores.

A lo mejor somos todos daltónicos...

Persigo la comprensión, aunque sepa, que tal como la entiendo, probablemente no existe.
Como Peter Pan, persiguiendo a su sombra.
Con la diferencia, que yo, he crecido.
Y menos mal.

miércoles, 22 de julio de 2009

Palavras com silêncios


Escrevo para nao esquecer.
Para aprender.
Para entender.
Para reflectir.
Se o silêncio é a melhor forma de comunicaçao, a escrita, é a reflexao que me permite chegar ao silêncio.
Já nao dispo a minha essência através das palavras com voz.
Faço-o, com palavras desenhadas em letras.
Talvez, mais honesto.
Mais de mim mesma.
Com tranquilidade. Reconhecer emoçoes. Poder transmiti-las.

E porque duas maos valem mais que 1000 palavras:
Obrigada por partilharem as minhas palavras.
Obrigada pai.

sábado, 18 de julio de 2009

Oz


Corazón de hojalata.
Abandono el caminito amarillo.
No quiero volver a casa.
Pero...
Me harté de zapatos que prometen llevarme no sé donde.
De leones con trastorno de personalidad.
De brujas malas que no son tan malas y brujas buenas, que de bueno no tienen nada.
En fin, al Mago de Oz, que le den por saco.
Además, las niñas de trenzas con cintas de seda, no se transforman en decadentes auto destructoras.
O, para eso,no nos preparan.

Un hombre nube explota en el cielo, y, millones de estrellas(que mi hija no logra tocar con la punta de los dedos) van a despertar pronto.
Porque hay gente que se empeña en vender su sentido de la vida a los demás?
Supongo, para que, en noches como esta, yo haga eco de una duda.

Hay alguien ahí?

domingo, 12 de julio de 2009

Ojala



Sigues apareciendo en mis sueños.
Demasiadas veces.
A menudo, en casas que se caen bajo su propio peso.
Con muchos objetos que reconozco y muchos otros, que intuyo como nuestros, pero, me son absolutamente desconocidos.
Los espacios están, descascarillados, muy sucios, con hendiduras en las paredes y las ventanas rotas.
Como se la hubieran dejado abandonada y no volvieran a acordarse, de que un día existió una casa.
Aunque lo nuestro nunca ha sido una casa, pero si un barco.
Un velero increíblemente bello, veloz, de velas orgullosas, con una niña jugando en la proa.
Ojala, soñara con serpientes, como dice el Silvio, pero no, sueño con casas donde estás tu.
Ojala pase algo que te borre de pronto.
Porque necesito descansar...

martes, 7 de julio de 2009

STOMP


Tocam com os pés, com as maos, com a alma.

No chao, nas paredes, no peito e no tecto.

E tudo isto sem palavras.

Com uma espécie de sentir primitivo, sem racionalizar.

Estar presente.
Como o bater do coraçao.



sábado, 4 de julio de 2009

Alternativas


-Se é proibido jogar à bola, jogamos a outra coisa.

- Tenho um aviao roxo e um fio comprido...

- Quem é que sobe para amarrar o fio?


Provavelmente, é uma filosofia de vida.
Saber lidar com o nao.
Encontrar alternativas.
Servir-se do próprio nao, para fabricar um sim.

Alternativa, é uma palavra de que gosto.

Quando se desenha nos lábios, parece ter um “riso de fundo” que a acompanha.
Que troça das Instituiçoes e do poder, através da inteligência.
Que troça de uma linha de comportamento, já traçada para nós.

Talvez a vida seja mesmo um jogo, em que o objectivo nao é (decididamente) o de ganhar.
Um jogo de equipa, com alternativas.



viernes, 3 de julio de 2009

Amena cavaqueira


Chegou o verdadeiro calor.
Aquele que faz o nosso corpo esvair-se, em milhoes de minúsculas gotas de água salgada.

A pesar de todos nos queixarmos, sabemos que, esta, é uma das características da Cidade.

Faz parte do seu carácter, tornar-se insuportavel.

A transpiraçao de centenas de turistas é condensada, formando pequenas orlas, à volta dos sombreros mexicanos rosa-fluorescente (será que ninguêm lhes explica, que a Catalunha nao faz parte do México?), comprados nas Ramblas, nas lojas dos italianos, arrendadas aos paquistanenses.
É. A globalizaçao...

Alguns, comem hamburguers, sentados nas espladas.
Lagostas cor-de rosa, com sombreros cor-de-rosa a ingerir algo rosado...
Vertigens.

A mim, os 38º c, sempre me recordam o ano em que cheguei a Barcelona.
Tinha acabado de morrer o Vasquez Montalban, conhecido pela escrita e por ser “bom de boca”.

Nesse Verao, por vezes, acordava dentro da banheira, a ligar a água fria, que me permitia retomar o sono.
Também me acordavam os gritos, de quem era assaltado de madrugada e os cânticos desafinados, das manadas de turistas ingleses em busca de cerveja.
Bom, é que eu, vivia na Calle Avinyó(a mesma, que inspirou Picasso a pintar as putas), no coraçao do Bairro Gótico, até ao dia, em que troquei o romantismo por boas noites de sono.

Hoje, esta Cidade já é, também, minha.
Criei raízes, como as centenas de Jacarandas, plantados nas ruas inundadas de sol.

A roupa seca nas varandas(deve ser a única coisa que seca depressa em Barcelona) e a minha bicicleta voa, nas ruas mais frescas.
Delicioso.

Hoje nao penso, sinto.
Gosto de mim, por dentro e por fora.
Às pessoas de quem nao gosto, e vice-versa, desejo-lhes um bom dia (nao é cinismo, é paz de espírito).
Àquelas, de quem gosto muito, desejo um dia maravilhoso.
E porque é sexta-feira, e está demasiado calor para ser mauzinho:
Por favor, hoje, nao me atirem bombas.