O burburinho dos olhares.
A noite de estrelas abafadas.
A esperança do dia seguinte.
O terror nocturno de te perder.
Os sonhos com tinta a descascar e paredes invadidas por infiltrações.
Tristeza, roupa suja e bolas de cotão.
O medo:
De sonhar com o mar.
De sonhar que somos livres.
De sonhar que pode ser, suceder, sem respirar, num só momento, empurrado pelo definitivo e pela eternidade.
Outra vez a poeira da imaginação que salpica os meus dias, pacientemente, até cobrir tudo o que sei dentro de mim.
Outra vez, o som da cidade, no sentir.