Talvez esta página também seja uma sala de cinema.
Cada vez que tu te ausentas, cala-se um pedaço de mim.
Ainda que saiba que vais voltar dentro de dias.
Nao ter os teus braços pequeninos, a agarrar o meu pescoço com força.
Nao ter a tua gargalhada, de quem se delicia com a descoberta.
Nao ter a tua voz frágil, a perguntar-me se o Hércules é o mais forte de todos.
Aprendo, que tu nao podes pertencer-me, que a posse nao é amor, que podes estar, mas nao ficar. Ainda que a teoria sempre tivesse estado, aqui, entre nós.
Alguém fica realmente?
Recebo. Dou. E dentro do meu silêncio ainda ouço as folhas que caem da árvore de jupiter plantada no terraço.
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