viernes, 26 de noviembre de 2010

desencontro


Agora estou aqui para ti – Não entendo nada, espera - Ainda estou mas não te mostro – É paz, ou não é ?- A ansiedade, sempre a maldita ansiedade – Não entendo, não consigo pensar – No fundo nada me prende a nada, nem a ninguém – Mas sinto a tua falta – Sinto a minha falta e o mundo está fora das tuas quatro paredes - Não quero dar-lhe nome, porque é que tudo tem que ter nome? – Estou à procura do quê? Tenho medo - Deixo-te ver só um bocadinho, tenho medo, de quase tudo – Não é de ti, é de mim – Outra vez, porque é que te deixei entrar?

*****

Será que alguns de nós poderíamos, por vezes, encontrar-nos no meio do caminho ao mesmo tempo? Nem em cima, onde quase sempre a euforia da luz provoca cegueira, nem em baixo, onde a dor também nos deixa sem capacidade de visão.

Simplesmente no maravilhoso meio, onde se divide o antes e o depois, onde a estrutura pode apoiar-se num eixo, onde a experiência e o desconhecido ficam repartidos em metades iguais.

Será o mito do eterno desencontro…

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