domingo, 31 de mayo de 2009

Abre as maos.

Nunca consigo escolher uma só cor.
Tao difícil como deixar de dizer o que penso.
Perdi amigos, perdi empregos, perdi amantes.
Hoje, dou-te todas as minhas cores e pensamentos, mas só se me pedires.

Pensa-o bem.
As minhas palavras sao negras, com todo o humor do Atlântico.
Violetas, carregadas de melancolia.
Amarelas, com a loucura pegada ao céu da boca.
Vermelhas e resistentes.
Racionalmente verdes.
Poeticamente azuís.
E ainda mais.Quando as cores se fundem, entre elas e dentro de mim, eu nao tenho nome, nem rótulo, nem defeitos e virtudes, nem sou nada, a nao ser eu mesma.

Tens a certeza?
Abre as maos, entao.





1 comentario:

  1. Rita, que fantástico este seu texto e que fantásticas as fotografias dos lápis com as mãos. Que maravilha.

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