viernes, 22 de mayo de 2009

Lobos






“Mami? Cuando estés en un bosque con lobos, yo no dejaré que te hagan daño”.
Acaricia-me a face, com generosidade, sem pedir nada em troca.
A minha filha sereia, com olhos de vento.


Nao lhe digo que os lobos que verdadeiramente temo, nao sao os de quatro patas e orelhas peludas.
Os que me ameaçam, sao aqueles que se apropriam do meu tempo, que controlam a forma como trabalho, e, se sou adequadamente hipócrita e corrupta, para desistir daquilo em que acredito, em troca do “vil metal”.
Os orçamentos, números e contratos, sufocam a criatividade, que, para eles, os lobos de verdade, é só uma palavra inútil.
Os lobos que temo, voam alto, como águias, e quando avistam um rato solitário nao o poupam...

Eu espero a próxima revoluçao. Que o seja em nome do tempo que pertence a cada um. Quando muitos de nós, nos apercebermos de que os nossos dias desaparecem, a trabalhar demasiadas horas, mal pagos, com falta de respeito e desprezo.
Uma estrutura suportada por pilares de medo, nao pode/deve ser resistente...
Sei que existem mais marcianos como eu, que nao querem esperar pelo Verao para ser felizes.

1 comentario:

  1. Dou-lhe rosas, Rita, rosas ocultas que transformam o mundo. Dou-lhe rosas a si e a esse anjo lindo que descansa como um jardim. Quando a sua filha acordar, junto às rosas, nascerá mais um outro jardim, entre vós, para oxigenar o mundo.

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