martes, 4 de agosto de 2009

Em Lisboa, quase sempre amanhece


Como a todo o bom emigrante, hoje, Lisboa visitou-me na calada da noite.
Quando tudo fica silencioso, e só os fantasmas cobrem o chao.
A saudade de cheiros, cores, sabores e palavras, sorrisos e gargalhadas.

A bica.
A última cerveja no miradouro de Santa Catarina.
Jeremias, o fora da lei.
Os bifes da Trindade.
O vinil, tao barato, da Feira da Ladra.
Os pastéis de Belém...
O Bar das Palmeiras e as portas de saloon do Gingao, que já só existe em música.
As ovas de pescada do 1º de Maio, sempre regadas em boa companhia.
As casas de cachupa, às 5h da manha.
A Cristal preta e as bebedeiras de um amigo de virgindade surrealista.
Uma amiga que encontrou a felicidade por entre pedras Alentejanas.
Uma outra, que se esqueceu que era forte e que a vida era mais...


“Ainda nao manejei nenhuma arma que nao desse ricochete”.
Talvez por isso, esqueciamos sempre as armas em casa.

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