miércoles, 25 de abril de 2012

Ideias de Abril


Hoje não quero deixar uma sugestão de um livro, seja ele em papel ou em formato digital.
Não é que não existam vários bons livros sobre o 25 de Abril com Lisboa como cenário e que obedeceriam ao critério de selecção de livros do nosso site; obras contemporâneas em que as cidades e lugares nos fornecem ferramentas para ampliar o imaginário.
Mas hoje, 25 de Abril, queremos deixar não um livro mas sim uma ideia, uma daquelas que está viva e a espernear.

O 25 de Abril foi há 38 anos e a ES.COL.A da Fontinha não prova que a revolução está viva, prova que pode nascer outra vez, que é mais importante porque é mais real. A memória histórica é fundamental, mas o presente é-o em duplicado e não só porque está a acontecer agora como também porque tem a responsabilidade de ser a futura memória histórica.
A Educação e a literatura se não são unha e carne pelo menos deveriam tentar sê-lo e como há muitas formas de educar podemos abrir as portas aos projectos novos, feitos por gente que acredita que estar vivo implica ter uma função na vida e que ainda por cima o fazem com humor, motivação e frescura.
Também já está na hora de deixar de pensar que a okupação está obrigatoriamente ligada a drogas e a “quem não quer fazer nada” e que fumar marijuana (gente maior e vacinada entenda-se) é sinónimo de não projectar, realizar, inovar e analisar.

Se por um lado estão as ideias pré-concebidas com cheiro a bolor e a ranço, por outro estão os interesses económicos de quem se dedica à especulação do solo e à defesa de valores tradicionalmente conhecidos por só privilegiarem a meia-dúzia de sempre. Mas no meio, ali mesmo no centro, estão as ideias, como a ideia da ES.COL.A Que está viva e oxalá continue a espernear.

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